Évora

Évora é a única cidade portuguesa membro da Rede de Cidades Europeias mais Antigas. Fica na região do Alentejo e é sede do quinto município mais extenso de Portugal, com 1.307,08 km² de área.
O seu centro histórico bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o epíteto de Cidade-Museu. Em 1986, o centro histórico da cidade foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Em nossa segunda vez por Portugal, escolhemos um bate-volta até Évora, a partir de Lisboa.
Compramos as passagens de ônibus pela internet durante o planejamento da viagem, € 10,6 e € 8,8 (acima de 60 anos), valores por pessoa e por trecho. No bilhete informa data, horário, viatura (número do ônibus) e lugar. Pegamos um táxi logo cedo do Hotel HF Fênix Garden até o Terminal de Rodoviário Sete Rios, € 10, pois a saída do nosso ônibus era às 8h. Depois de 1:30h estávamos na Rodoviária do Alentejo, em Évora.

Adega Cartuxa
Nossa principal atração na cidade foi a visita guiada com degustação de 3 vinhos na Adega Catuxa, €10 por pessoa, a qual reservamos pela internet. Sendo assim, logo que chegamos na rodoviária, pegamos um táxi até o local.
Chegamos um pouco antes do horário. Tempo que aproveitamos para conhecer a área externa, tirar fotos e ver os produtos ali vendidos.
Aguardamos o horário numa confortável sala, visível logo na entrada, acreditando que chegariam mais pessoas. Às 10h uma simpática moça nos chamou para iniciar a visita e, para nossa surpresa, seria só para nós 4.
A visita começa com um breve vídeo com apresentação e história da Adega. Na sequencia passamos pela área onde ficam armazenados os tonéis. A parte curiosa da visita é quando nos mostra onde era armazenado o vinho: em “tanques” de alvenaria revestidos com tinta especial que tem o mesmo efeito do aço inox não alterando as características do vinho. A cor das paredes representa o vinho, ou seja, parede branca era o vinho branco e parede vermelha, vinho tinto.
Depois assistimos outro vídeo com os projetos e ações que a instituição oferece à população. Antes de finalizar, passamos por um corredor que mantém parte da construção da época, até chegar numa parte com explicação interativa dos gostos e cheiros de cada uva.
Enfim, chegamos na parte das degustações, onde são servidos 3 vinhos (branco, rosê e tinto) e 3 azeites (suave, médio e forte), além de água, bolachas, presunto e pães.
Ela explicou sobre os vinhos e azeites, serviu nas taças e nos deixou bem à vontade. Não aguardou o final da degustação por ter outra visita agendada, mas não faltou atenção em nenhum momento.

Igreja de São Mamede
Fica no Largo Dr. Evaristo Cutileiro, bem perto do grande centro histórico da cidade de Évora. É um monumento religioso dedicado ao santo com o mesmo nome. Esta igreja, da época de D. Dinis, teve fundação gótica. Mais tarde, no século XVI, foi remodelada, tendo profundas transformações arquitetônicas ao nível da nave e das capelas laterais.

Templo Romano de Évora
Erroneamente conhecido como Templo de Diana, está localizado no centro histórico da cidade.
Construído no centro do fórum (praça principal) no primeiro século, e durante os séculos II e III, o edifício sofreu algumas alterações arquitetônicas. Évora foi praticamente destruída na totalidade com as invasões germânicas no século V, sobrando apenas as ruínas do templo, que perduram até hoje. Em 1871, o arquiteto italiano Giuseppe Cinatti foi contratado com o objetivo de recuperar o Templo Romano de Évora, removendo os elementos que haviam sido acrescentados durante a Idade Média.
Atualmente, mantém ainda a sua base retangular completa, em blocos de granito (medindo 15 metros de largura, 25 metros de comprimento e 3,5 metros de altura) e 14 colunas de granito, mantendo ainda a sustentação da viga.

Catedral de Évora
Mais conhecida por Catedral de Évora ou Sé de Évora, o seu verdadeiro nome é Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção. É a maior catedral medieval de Portugal. Sua construção foi iniciada em 1.186 e consagrada em 1.204, porém só foi concluída em 1.250. É um monumento fascinante e imponente. Toda em granito, é marcada pela transição do estilo românico para o estilo gótico.

Igreja de Santo Antão
Ou Igreja Paroquial de Santo Antão fica na famosa Praça do Giraldo. Este é, sem dúvida, mais um dos muitos e magníficos monumentos religiosos da cidade, e, apesar de ser um dos mais visitados pelos turistas na cidade, só atravessamos a praça e tiramos uma foto da igreja de longe.
A Praça do Giraldo é um lugar de visita de muitos turistas que vêm a Évora, por ser ao ar livre e ser convidativo sentar numa das muitas cadeiras espalhadas por aqui.

Igreja de São Francisco
É uma das mais belas e mais grandiosas igrejas de Portugal e está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima do país. Foi construída entre os anos de 1480 e 1510 e é aqui que se encontra sepultado o primeiro grande dramaturgo português, Gil Vicente (1536).
Da destruição da parte conventual, salvou-se a antiga sala do capítulo, que no século XIX foi transformada em Capela do Senhor dos Passos da Casa dos Ossos (imagem de grande devoção local, representando o sofrimento de Cristo no caminho do calvário).

Capela dos Ossos
É uma das curiosidades da Igreja de São Francisco e da cidade de Évora. A capela foi construída nos séculos XVI e XVII, no lugar do primitivo dormitório dos frades. A sua construção partiu da iniciativa de três frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão acerca da brevidade da vida humana. A capela é constituída por ossadas provenientes das sepulturas da igreja do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade. As paredes e parte das abóbadas da capela estão revestidas de milhares de ossos humanos, que ilustram a ideia dos monges fundadores, expressa na frase que encima o pórtico da capela: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.”
A entrada fica em uma pequena porta ao lado direito da fachada principal da Igreja de São Francisco e paga-se € 2 por pessoa, € 1,5 (maiores de 65 anos) e mais € 1 para fotografar.

Palácio de D. Manuel
É, ainda hoje, um dos edifícios mais belos de Évora. Este monumento fica no interior do Jardim Público de Évora, na tranquilidade de um espaço verde com diversos bancos de onde o pode contemplar.
Aqui já foi sala dos estudos do convento, cenário para casamento do infante D. Afonso, realizou-se cortes, nasceram príncipes e princesas, palco de representação de autos, serviços oficiais, parte para mercado municipal, porém, só a Galeria das Damas é que restou-se de pé.
O Palácio de D. Manuel tem dois corpos alongados e ao centro existe um pavilhão com três andares.

Muralhas de Évora
Évora é uma das poucas cidades de Portugal que, ao longo dos tempos, tem conservado as suas antigas muralhas quase intocadas. Foi D. Afonso IV de Portugal quem ordenou as obras de construção das Muralhas de Évora, no século XIV.
No seu conjunto, as Muralhas de Évora, também conhecidas como cerca romana, são constituídas pelas torres e panos de muralha que marcam os limites da cidade medieval.

Aqueduto da Água de Prata
Conhecido também por Aqueduto da Água da Prata ou Aqueduto da Prata, é uma complexa obra de engenharia hidráulica renascentista com o objetivo de abastecer a cidade de Évora com água. Inaugurado no ano de 1537, foi edificado no reinado de D. João III. O aqueduto transporta água desde nascentes situadas na Graça do Divor, dentro dos terrenos do Convento São Bento de Castris, até à cidade de Évora percorrendo cerca de 18 Km.
O aqueduto é um dos poucos desta época que continua a funcionar na atualidade, contribuindo para o abastecimento da cidade.

Taberna Típica Quarta-Feira
Tá aqui um restaurante inesquecível: Taberna Típica Quarta-Feira!!
Sim, mudamos o dia do bate-volta para podermos almoçar aqui. Depois de procurarmos por um restaurante típico e encontrarmos várias indicações daqui, não poderíamos deixar de conhecer.
O pequeno restaurante, que não atende mais de umas 26 pessoas por refeição, isso mesmo, se não tiver reserva, nem adianta esperar, pois só servem a refeição do dia uma única vez.
Assim, fizemos a reserva por e-mail durante o planejamento da reserva e, depois da nossa visita na Adega Cartuxa e andar um pouco por Évora, fomos ao restaurante, já que estava quase na hora reservada. Ao chegar, o mesmo estava vazio, apenas 2 pessoas na cozinha, os donos. Nos cumprimentaram, perguntaram se tínhamos reserva e então pediram para voltar dali uns 15 minutos. Assim foi feito. Ao retornarmos já tinham algumas pessoas e vimos outras chegarem e irem embora, pois não tinham reservado.
O mais curioso é que eles não tem um cardápio e é servido o mesmo prato para todas as mesas. Tudo incluso e à vontade, por € 32,5 por pessoa.
Logo que nos sentamos, serviram-nos vinho da casa e água. Couvert com pães, torradas, presunto e algi como batata com queijo. Na sequencia, cogumelo com azeite.
Os pratos principais não sabemos o que era, mas tinha muita comida e estava tudo muito bom. Pelo sabor, eram dois tipos de carne de porco, estavam deliciosas, batata assada, algo parecido com polenta e um, outro na mesma textura, de espinafre.
Estávamos mais que satisfeitos quando ele nos trouxe a sobremesa, ou melhor, as sobremesas!! Tinha pêssego, figo seco, nozes, encharcada (ambrosia, doce de ovos) e um bolo com camadas de massa fina e recheio, simplesmente maravilhoso!!
Para finalizar, café e vinho do Porto.