Visconde de Mauá/ RJ

Enfim, aquela viagenzinha tão esperada foi realizada e com sucesso!!
Ir à Visconde de Mauá fazia parte dos planos há algum tempo, mas sempre com algum imprevisto e não saia do papel, até que finalmente decidimos ir em setembro de 2018.
Saímos de Jundiaí/ SP no dia 06, quinta-feira, por volta das 7:30h, percorrendo aproximadamente 350km, parando para tomar café da manhã em São José dos Campos, no Fika Café Especiais (uma surpresa e tanto!!), chegando na pousada por volta das 16:30h, com uma parada em Penedo, onde decidimos almoçar.

Esse charmoso destino ficou conhecido sob o nome de apenas uma das vilas, porém, abrange toda a região, incluindo Penedo, e as vilas de Visconde de Mauá, Maromba e Maringá (que fica parte no Rio de Janeiro, parte em Minas Gerais), que ficam nos pés da Serra da Mantiqueira.

Visconde de Mauá
É a primeira vila, chegamos e saímos por ela. Logo na entrada, encontra-se um posto de informações turísticas do lado esquerdo e do lado direito, a Igreja de São Sebastião.

Maringá
É a vila bem mais localizada e tem o centrinho mais movimentado, com diversos restaurantes, lojinhas e uma ponte que divide os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Maromba
É conhecida pela comunidade hippie e onde ficam as cachoeiras mais famosas da região. No centrinho tem lojinhas de artesanato, restaurantes, além da igreja Comunidade São Miguel Arcanjo na avenida principal, que tem mais de 100 anos de existência.

Parte das hospedagens, restaurantes e lojinhas fica em Mauá e Maringá, enquanto Maromba é conhecida por atrativos naturais. Assim, escolhemos a dedo a Pousada Nó da Madeira, que fica no Vale das Cruzes.

Pousada Nó da Madeira
Encantados com as fotos, ansiosos para estar no local e apaixonados quando chegamos. Escolhemos o chalé castanha portuguesa, que dizem ter a melhor vista, inclusive para apreciar o nascer do sol. Fechamos direto com eles, por e-mail, 3 diárias, R$ 1.919. O chalé super aconchegante, em madeira, com hidromassagem, lareira e a rede na varanda com vista para a mata, montanhas e Pedra Selada. O café da manhã é servido no chalé com os ingrediente escolhidos por nós e anotados no papel que recebemos quando chegamos, inclusive no horário que queremos. Tudo muito caprichado e embalado separadamente numa cesta.
No prédio da recepção, há uma sala de jantar e sala de TV ao lado da cozinha, além da área externa com cadeiras para apreciar a bela vista das montanhas.
Ainda na pousada, há uma piscina natural (não entramos pois estava bem fria, mas em dias de calor é uma super opção), além de trilhas na mata e beira do Rio Preto.
As pessoas que estavam ali no final de semana são muito atenciosas e simpáticas.
A estrada entre a pousada e as vilas não é muito boa, muita pedra, buracos e partes estreitas, mas só ir devagar.

Passeio de 4×4
No nosso primeiro dia inteiro em Visconde de Mauá, resolvemos fazer um passeio de 4×4, então pela manhã fomos até a Remorini Aventuras. Não fizemos reserva, mas é recomendado. Deixamos o carro ali mesmo e alugamos o quadriciclo por 2h, R$ 180, que da tempo de fazer o roteiro tradicional (Cachoeira de Santa Clara, Cachoeira Véu da Noiva, Poção 7 metros e Cachoeira do Escorrega), que passa pelas cachoeiras postais da região e tem dificuldade leve. Pegamos um veículo só para os dois e, antes de sair, é feito um teste/aula com o instrutor ali mesmo. Ele vai na frente de moto indicando o caminho e para qualquer ajuda, se precisar. Não entramos em nenhuma, a intenção era conhecer os lugares e andar de quadriciclo. Em cada parada, tínhamos uns 10 minutos.

Cachoeira de Santa Clara
Primeira parada. Ela afica uns 3km de Maringá. É uma das mais altas e conhecidas da região. Ela não tem uma cascata volumosa, mas sim, um paredão de pedra com 30m e uma piscina natural no final.

Cachoeira Véu da Noiva
Em Maromba com uma pequena trilha até a cachoeira, passando por uma pequena cachoeira chamada de Dama de honra. Cercada por árvores, queda vertical de 30m e com poço raso ao final.

Poção 7 metros
Também em Maromba tem uma pedra com 8m de altura para saltos em um poço com 7m de profundidade, que forma piscinas naturais cercada por pedras e muito verde.

Cachoeira do Escorrega
Ainda em Maromba, tem esse nome devido a força da água e a rocha lisa permite aos banhistas escorregarem por 20m até uma piscina natural. Aqui tem alguns restaurantes, bares, lojinhas de artesanato e muitas pessoas.

Sítio Cachoeiras do Alcantilado
No nosso segundo e último dia completo na região, fomos até o sítio, uma propriedade particular adaptado e adequado à visitação, lazer e entretenimento para conhecer uma sequência de nove cachoeiras, terminando no Alcantilado, que é uma dos destaques da região.
Há uma grande área para estacionamento, paga-se uma taxa, R$ 20 por pessoa, e caminha por aproximadamente 3km (ida e volta).
Há cachoeiras pequenas, com quedas maiores, pedras, pontes, trilha estreita, mirantes até chegar ao final, com uma queda de 50m.
A vista do alto é linda, mas não é a queda mais bonita na nossa opinião, além de ser a que fica mais longe, separada por uma pedra com guarda-corpo. Mas vale a pena o esforço e cansaço para conhecer e avistar toda a natureza da região.

Museu duas rodas
O museu fica no Parque Corredeiras, na cidade de Bocaína de Minas/ MG. Não entramos por falta de tempo, passamos e só tiramos uma foto da fachada (estava fechado na hora).
Três curiosidades do local: aqui está a motocicleta mais antiga do Brasil, uma Wanderer 1902; a primeira versão industrializada de uma moto, uma Four-Clymder de 1913; é feito um rodízio com os veículos em exposição de modo que cada visita se tenha a oportunidade de ver exemplares diferentes.

Rosmarinus Officinalis
Depois de ler tantas indicações desse restaurante, não podíamos simplesmente ignorá-las e não ir.
Escolhemos Rosmarinus Officinalis para nossa primeira refeição em Visconde de Mauá, um jantar de quinta-feira. Fica na Estrada Mauá-Maringá. Fácil ter o sr. Júlio, chef proprietário do restaurante, tirando dúvidas sobre o cardápio, explicando sobre a região ou ingredientes ou ainda apenas para conferir se está tudo ok. Como fomos à noite, não conhecemos muito bem o ambiente, mas tem uma área externa super aconchegante além de poder ver alguns dos ingredientes cultivados ali mesmo.
Logo na entrada, tem a explicação do nome do restaurante, nome científico do alecrim. Estávamos tão ansiosos que acabamos não percebendo esse detalhe.
Logo que entramos, nos arrumaram uma mesinha entre a porta de entrada e a cozinha, mesmo sem reserva. Depois de ver e escolher os pratos, ficamos observando a decoração do ambiente: luz baixa, taças e toalhas brancas nas mesas, bules decorados, frutas, especiarias, espelho e móveis em madeira, além dos prêmios do Guia Quatro Rodas expostos na parede.
Para entrada pedimos carpaccio de truta salmonada temperado com azeite de manjericão, limão siciliano, flor de sal e flores de capuchinha, R$ 49,40. Estava bem gostoso.
Os pratos principais foram: truta à Visconde de Mauá (filé salmonada, empanada com aveia e ervas sobre molho de azedinha e capim limão e purê de batatas e queijo de cabra), R$ 76, e filé de truta grelhada servido com capellini ao creme de limão siciliano, R$ 62,70. Os dois estavam bonitos, porções legais e saborosos, mas o segundo, era demais!!
Ao terminar, pedimos pelas sobremesas pavlova, R$ 19,50, e pera belle helene em calda de vinho tinto, sorvete e amêndoas, R$ 18,50. Deliciosas e bem bonitas!!

Truta Rosa
A truta faz parte da gastronomia local, devido principalmente ao clima propício da região para a criação da mesma. Sendo assim, fomos conhecer o trutário Truta Rosa, localizado em Maringá, do lao de Minas Gerais, no vale Santa Clara, onde é permitida a visitação, compra de produtos, além do restaurante.
O nome do lugar refere-se a cor da truta, muito semelhante a cor das carnes dos salmões, devido a uma ração enriquecida dada aos peixes algumas semanas antes do abate.
Logo na entrada vemos os tanques com trutas para sistema de pesque e pague. Ao lado direito está a loja e o restaurante, com grandes vidros, algumas mesas bem espaçadas, ambiente simples e atendimento ok.
O pessoal é atencioso, mas sentimos um despreparo no atendimento.
Pedimos o couvert, trio Truta Rosa (truta anchovada, escabeche e patê de truta defumada, servido com torradas para 2 pessoas), R$ 28. Achamos bem diferente e gostoso, principalmente o patê.
O prato principal escolhido foi clássica (truta assada, molho de alcaparras, batata ao murro e arroz de amêndoas), R$ 64. Estava bom!!
Escolhemos a torta de maçã com sorvete de creme, R$ 25, de sobremesa para dividir.
Depois de almoçarmos, andamos um pouco entre os tanques.

Maison de la Fondue
Fica em Maringá, do lado de Minas Gerais. Vimos algumas fotos bem legais na internet e, ao chegar na cidade, gostamos do lugar quando passamos na frente. Escolhemos o Maison de la Fondue para nosso jantar de sábado à noite. De certa forma nos arrependemos um pouco, mas só saberíamos indo até lá. Apesar do lugar ser grande, dividido em dois ambientes, com muitas mesas e pouco espaçadas, estava bem lotado. O atendimento estava meio perdido e desatento.
Optamos pelo rodízio especial de fondues (couvert, carne, queijo, frango, truta, camarão e chocolate), R$ 95 por pessoa. Escolhemos este por ter a truta e o camarão, diferentes para o fondue. O couvert é servido com alguns poucos pãezinhos, patês e manteiga. Na sequencia, trazem o fondue de queijo, uma chapa com alguns molhos e acompanhamentos e as carnes (bovina, frango, truta e camarão). Caso queira mais, é só pedir que é servido mais porções. Não gostamos muito do de queijo. Por fim, quando satisfeitos, pedimos o de chocolate. Vem uma porção pequena com algumas frutas e doces de acompanhamento.

Gosto com Gosto
Na Vila de Visconde de Mauá, uma simpática fachada rústica chama a atenção ao passar pela avenida. Com o propósito de comer comida mineira, mesmo estando do lado do Rio de Janeiro, não podíamos escolher outro restaurante além do Gosto com Gosto, comandado pela chef Mônica Rangel, que prepara todas as linguiças servidas e vendidas no restaurante, além dos doces, chutneys e geléiasfeitas no fogão à lenha.
Chegamos por volta das 14h de um sábado para almoçar e logo sentamos em uma das poucas mesas que ainda estavam disponíveis. Não demorou muito para encher e ter fila de espera.
O restaurante não é muito grande, mas o bom atendimento e a decoração rústica, faz nos sentir como se estivéssemos em casa.
Pedimos o couvert Gosto com Gosto (para 2 pessoas, anéis de linguiça fritas Gosto com Gosto, torresmo, pão de fermentação natural feito na casa e manteiga), R$ 25, e feijão amigo (caldinho de feijão, com parmesão local, torresmo pipoca, azeite e cheiro verde), R$ 9,90. Deliciosos!! A linguiça e o feijão são muito bons!! Muito bem apresentado.
O prato principal não poderia ser outro além do tutu à mineira (para 2 pessoas, creme de feijão mineiro, acompanhado de costelinha de porco assada em baixa temperatura ao molho de laranja, anéis de linguiça, torresmo crocante, ovo cozido, couve da horta refogada e arroz), R$ 95.
A sobremesa (doces caseiros), R$ 15 por pessoa, é cortesia quando for equivalente ao número de pratos pedidos na mesa. Os doces ficam dispostos e você mesmo que se serve. São deliciosos!!
Com uns poucos degraus, separa-se do restaurante uma lojinha com objetos e ingredientes locais.

Zucchine Ristorante
Para para nossa última refeição da vila, tínhamos escolhido um restaurante mais afastado, porém, só vimos na hora que precisava de reserva, sendo assim, paramos por aqui. E nos surpreendemos positivamente!! Fica em Maringá, do lado do Rio de Janeiro.
Uma pequena e discreta entrada na avenida. O ambiente não é grande, com poucas mesas, luz de velas, toalhas vermelhas, taças sobre as mesas, vista para o Rio Preto e atendimento muito bom, faz um lugar super aconchegante e sensacional.
Não tínhamos reserva, mas logo que chegamos por volta das 22h, nos arrumaram uma pequena mesa bem próxima do balcão e cozinha.
Dividimos a entrada: salada de tomate italiano (com mazzarella da terra ao pesto de majericão), R$ 16.
Os pratos principais escolhidos foram: medalhão de mignon (com fettuccine ao molho Alfredo e alho confit), R$ 51, e magret de canard (peito de prato, ao molho de cogumelos com risoto de figoturco), R$ 75.
Dividimos a sobremesa, que escolhemos ravioline de cacau recheado com morango e calda de chocolate, R$ 14.
Nos encantamos com a apresentação quando os pratos foram servidos, desde a entrada até a sobremesa. Bonitos, porções legais e bem saborosos.